terça-feira, 31 de março de 2015



‘’ Prefiro ver a pessoa que mais amo a morrer e poder me despedir, do que ela partir e ficarem coisas por dizer. ‘’hoje disseram-me isto. Mas as pessoas não sabem o que dizem. Elas nunca vão saber. Nunca vão saber o quanto custou olhar para ti e sentir-me inútil, sentir que não poderia fazer nada, sentir que acabou. Como eu me poderia despedir da pessoa mais importante para mim? Como eu me poderia despedir de ti, Tiago? Como eu poderia encontrar as palavras certas para mostrar o quanto significavas para mim quando nenhuma era suficiente, quando nenhuma te agradeceria por completo tudo o que me deste. Nunca iriam ficar coisas por dizer entre nós, eu nunca precisaria de ouvir o teu amo-te, eu só precisava de ti, era tudo o que precisava Tiago, de ti. Tiraram-me tudo o que eu mais temia perder. Eu não precisava de ouvir que me amavas pela última vez, eu não precisava de ouvir que ias cuidar de mim, eu não precisava de palavras, eu precisava era de que o tempo parasse, precisava de ter mais tempo para olhar para ti, para apreciar tudo o que eras para mim, para criar mais memórias contigo, para te fazer sorrir ainda mais, para te ver na tua viagem de finalistas, para te ver acabar o curso, para te ver estável na vida com quatro filhos, para te ver com uma casa grande com crianças a correr por tudo o lado, para te ver envelhecer, para ir ao teu funeral mas ter a certeza que viveste tudo e que nada te faltou por viver, que tiveste tudo o que uma pessoa normal merece e ainda mais. Desculpa-me Tiago, desculpa. Desculpa por te gritado tanto naquela noite, desculpa por ter feito da tua última noite um inferno, desculpa não te ter deixado ir e ter chorado tanto. Desculpa-me. Desculpa-me por não ter encontrado as palavras certas para te dizer adeus e ter ficado em silêncio, desculpa por não te dizer que te amava uma última vez, eu não queria que fosse a última vez Tiago. Eu só queria isso. Que não fosse a última vez. Sinto tanto a tua falta. Por vezes custa tanto juro. Custa sentir que estou a crescer e tu simplesmente paraste no tempo.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

22 De Dezembro de 2013



Não me lembro da última vez que falamos, não me lembro da última vez que me senti verdadeiramente feliz. Sinto tanto a tua falta. A minha vida tem sido uma confusão nos últimos meses, comecei a sentir a tua falta de uma forma tão intensa e severa que me castiga todos os dias. Não tenho medo de sentir a tua falta, ou desejar-te para o resto da minha vida, tenho medo que nunca consiga seguir em frente com mais alguém porque te conheci. Eu sabia que tudo o que tínhamos ia chegar ao fim quando eu falava contigo durante 2 ou 3 horas e mesmo assim continuava a sentir a tua falta, uma saudade incontrolável, que eu não sabia como controlar. Tento desligar-me de ti e esquecer-te, beijando outros rapazes, procurando novas pessoas para falar, mas cada vez que beijo um rapaz é só o sabor da tua boca que desejo, quando falo com alguém é só a tua voz que quero ouvir é só o teu sorriso para o que quero olhar. Eu sorri para todos os me rodeavam como se já te tivesse ultrapassado, como se já não me causasses mais dor nenhuma, como se já fosses parte do passado. Mas só me enganei a mim mesma. Eu sempre soube que conviver comigo não foi fácil, mas tu dedicaste-te a mim da forma como ninguém se dedicou, tu perdeste o teu tempo comigo, eu estava tão perdida e armada em durona, e não sei, mas tu mudaste isso, tornei-me tão feliz, capaz de absorver toda a alegria que encontrava e ignorar tudo o que me fazia sentir mal. Tu nunca amaste o que eu tinha de bom em mim, porque eu não tinha nada de bom, tinha um coração frio, era arrogante, antipática, indelicada, mas tu amavas as minhas imperfeições, o meu coração frio, o quanto eu conseguia ser arrogante, a minha indelicadeza com tudo, a confusão na minha cabeça, a insegurança que eu tinha em mim, o quanto dizia ser forte mas era apenas uma miudinha. E foi isso que me fez amar-te de volta, tu amavas em mim tudo aquilo que eu nunca poderia amar, tu idolatravas na minha pessoa tudo o que eu detestava, irritavas-me tanto mas ao mesmo tempo fazias com que te desejasse cada vez mais, a fome que tinha do teu ser torturava-me incansavelmente de uma forma maluca e desesperante. Depositei tudo o que sentia em ti, todos os meus medos, fraquezas, segredos, tu sabias de tudo e mesmo assim vi-te fugir por entre os meus dedos sem que nada pudesse fazer. Não te condeno, fui a única que teve culpa, eu devia ser mais, mais para ti, porque tu foste tudo para mim, e desculpa senão consegui. 


terça-feira, 9 de abril de 2013


Posso-te contar um segredo? Lembras-te de quando eu disse que te odiava? Na verdade, nunca te odiei, nem mesmo quando me magoaste, nem mesmo quando me deixaste sozinha, nem mesmo quando me deixaste sem respostas, apenas com um turbilhão de perguntas na minha cabeça, que me torturavam de uma maneira incrivelmente louca. É quase suicídio dizer que mesmo depois de tudo o que me fizeste eu receber-te-ia de braços abertos se voltasses, mas não posso negar o que o meu coração teima em afirmar, não é? Arrisco-me a dizer que eu amava-te mais a ti, do que tu alguma vez te amaste a ti próprio, mas tu nunca soubeste, eu também nunca te disse, nunca te disse um “eu amo-te”, não era medo, gostava de mistério, ambos gostávamos de mistério, por isso deixei sempre aquilo que sentia por ti subentendido, talvez tenha sido isso que nos tenha destruído aos poucos. Eu sempre soube. Sempre soube que esse teu amor por mim iria evaporar como cada gota do oceano, só que nunca pensei que o oceano fosse tão pequeno. you ♥

segunda-feira, 11 de março de 2013


Eu amo como olhas para mim. Eu amo a tua compreensão e paciência. Eu amo o teu humor exagerado. As tuas risadas altas e o teu sorriso. Amo o teu cheiro. Ah, o teu cheiro! Acho que é o que mais gosto em ti. Amo os teus olhos redondos e quase negros. Eu amo quando compras algo para agradar-me. Eu amo quando me perguntas se estou com fome. Quando me fazes ficar sem graça. Quando me fazes rir. Quando me fazes chorar. Quando me irritas. Quando me tratas como se eu tivesse 9 anos. Eu amo o teu raciocínio rápido e a tua facilidade com os números. Amo a tua empolgação e o teu jeito de eu-consigo-fazer-tudo. Eu amo o teu orgulho e a tua vaidade. Eu amo a forma como lidas com os teus problemas e como és forte. Eu amo e admiro o modo como sempre colocas a tua família em primeiro lugar. Eu amo o teu carinho, o teu aconchego, a tua amizade. Eu amo o teu jeito de sorrir. Amo quando me tentas deixar nervosa. Eu amo tua perseverança e a tua capacidade de nunca desistires. Amo a forma como pegas na minha mão. Amo quando vejo que sentiste a minha falta. E amo ainda mais quando resolves demonstrar isso. Amo quando és sincero. Eu amo até quando pareces um completo palhaço ao meu lado. Eu amo quando me perdoas. Amo quando secas as minhas lágrimas e sempre me fazes rir depois disso. Amo-te por seres assim, tão simples e perfeito da tua forma. Eu amo-te por conseguires fazer-me gostar de ti da forma mais pura que existe. É verdade que tu te foste embora, a única pessoa em que eu tinha plena certeza que me amava completamente pelo que eu sou, foi embora. Ter ficado sem ti, foi das piores dores que eu alguma vez enfrentei, aliás eu enfrento essa dor todos os dias da minha vida. Tem sido tão difícil, não te ter aqui. Tem sido tão difícil aguentar o peso da tua ausência sozinha. Ainda mal consigo acreditar que o garoto sorridente, com um olhar tão profundo, e um riso contagiante, não está mais aqui. Quem me fará sorrir, quando o mundo inteiro estiver ao contrário? É pequeno, eu queria tanto que visses as minhas derrotas e as minhas vitórias, depois de te teres ido embora, queria que estivesses ao meu lado, orgulhoso. É, e eu em Maio vou completar 15 anos, e tu…tu não estarás presente, não me darás o teu forte abraço, o teu beijo doce na minha testa…Eu vou estar sem ti. Eu não consigo de maneira alguma planejar o meu futuro sem ti. É estranho, como podemos construir um destino, como se realmente tivéssemos a certeza de que realmente fosse existir, mas sempre pensamos que essas coisas só acontecem com os outros, que nunca aconteceriam connosco. E eu, vejo-me apagada, perdi a razão de viver. É estranho, muito estranho pensar na minha vida sem a tua presença. É agoniante, procurar-te em todos os sítios, em todos os sorrisos, em todas as vozes, é agoniante, chorar pela tua falta sempre que a noite chega. Mas tal como eu te prometi, eu estou a ser forte, muito forte, estou a aproveitá-la por ti, estou a lutar e lutar para que te sintas orgulhoso. Ainda me lembro quando me disseste que um dia que eu te tinha dito que Deus nos pôs na terra todos com um propósito e que o teu propósito era eu. É incrível, como tu me conseguias fazer sorrir com uma facilidade que nunca ninguém conseguiu. Às vezes olho para o céu, e penso: “ Será que ele está a ver-me? Será que ele consegue ver o quanto cresci?”. Ainda vou ao histórico do msn, ver as nossas conversas, e automaticamente sorrio, e sinto-me tão segura. É como se falasse contigo de novo, como se ainda estivesses aqui. Talvez eu não me deva prender ás memórias, mas é tudo o me mantém ligada a ti. Eu só queria ver-te mais uma vez, ver o teu sorriso, olhar nos teus olhos e receber o teu típico beijo na minha testa e dizer-te Obrigada. Obrigada por teres feito parte da minha vida, Obrigada por nunca teres desistido de mim, por teres aturado todas as minhas infantilidades, por teres sido o meu ombro para chorar, por me teres mostrado que a vida é uma dádiva, por me teres ensinado que nada me deve parar, por teres acreditado em mim quando ninguém acreditou, por me teres dado a tua mão quando caí, por me teres lido o pensamento vezes sem conta, por me conheceres melhor que ninguém, mas acima de tudo, Obrigada por teres sido o meu Melhor Amigo.  Descansa em paz, meu anjo.

sábado, 8 de dezembro de 2012

just him



Tenho a mania de escutar todas as músicas que ele ouvia, uma e outra vez, sem parar, e isso dá-me um conforto tremendo, é como se o tivesse aqui comigo e estivéssemos os dois ao som da música sorrindo um para o outro…não é proibido sonhar, pois não? É impossível não pensar nele e não soltar um sorriso tímido e mesmo que não seja um sorriso daqueles grandes, ele esconde mistérios que nunca ninguém saberá, é um sorriso misterioso, sem explicação, sem significado, sem sentido, apenas uma memória de um amor incontrolável de dois adolescentes, que mal ainda sabiam o que era o amor, e talvez seja essa a razão por que continuávamos juntos, ambos queríamos respostas, ambos queríamos saber o que sentíamos, ambos sentíamos medo e felicidade, e tudo isso nos encantava… e toda a gente sabe que os adolescentes gostam de viver perigosamente, gostam de quebrar regras, de explorar o que desconhecem, por vezes nem pensam nas consequências…e nós éramos assim, incontroláveis, cheios de dúvidas, cheios de segredos e…também desejos, e isso fazia-nos num só, era um amor verdadeiramente louco e sem limites, mas ninguém gosta de ter limites ou de não quebrar as regras de vez em quando, faz parte de mim e de ti, faz parte de todos nós, é isso que nos liga, a liberdade de querer ser quem somos… e eu com ele tinha a liberdade de ser quem eu era.